EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Cem Com Cem Sem

Exposição "Cem Com Cem Sem"

Cada das Rosas - Av. Paulista, 37 - São Paulo (SP)

Período: 18/02 a 18/03/2008

Homenagem aos centenários de nascimento de Guimarães Rosa e de morte de Machado de Assis

“Traduzir as obras de Machado e Rosa para as artes plásticas não é tarefa fácil. Desde as primeiras conversas entre o grupo de 15 artistas representados nesta exposição e a direção da Casa das Rosas, sempre se procurou evitar a tendência muito comum, nestes casos, à mera ilustração: as obras apenas retratarem algum episódio ou passagem da obra dos mestres da narrativa. Buscou-se, isto sim, a realização de uma operação de transcriação intersemiótica, como diria Haroldo de Campos.”

Frederico Barbosa

Diretor da Casa das Rosas


Descrição da Obra:

A pintura sobre a lona contém colagens de papel e tecido, com imagens de flores pretas e roxas. Surge uma única borboleta preta, colada em tecido rendado. As colagens em papel são fotocópias ampliadas e reduzidas de páginas dos livros de ambos os escritores.
A lona é suspensa por uma trave de madeira, de onde saem hastes curvadas de arame que sustentam borboletas, recortadas em papel e penduradas por fios, de diversos tamanhos e em diferentes alturas, à frente da tela.

Descritivo Metafórico:

Tema: A Morte como renovação da Vida (presente nos dois autores)

Borboleta preta: representa a presença da morte.
Borboletas brancas em papel fotocopiado penduradas por um fio: essas borboletas representam a renovação, a transformação, a metamorfose que é a vida. A suspensão das borboletas por um fio representa a fragilidade da própria vida. As borboletas confeccionadas sobre papel impresso com os textos das obras citadas acima como referências reforçam a importância do conhecimento na elevação da alma humana.


Ficha Técnica:
Nome: “Miríade”
Técnica (instalação de parede): Pintura em acrílico, sobre lona
Dimensões: 132 x 107 x 40cm
Obras de referência: Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) e Sagarana (Guimarães Rosa)

 


Meus trabalhos falam do universo feminino, dos sonhos de criança, do olhar curioso guardado na memória, da vida no campo, do cheiro molhado da terra, da alegria de viver.
Falo dos momentos de solidão, do olhar para a imensidão do universo e para além das coisas. De momentos vividos, não vividos, das tramas do mundo, do ser humano. Criar, para mim, é uma necessidade.