EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Encontro da Imagem com a Literatura

Exposição coletiva “Encontro da Imagem com a Literatura Latino-americana”

Memorial da América Latina – Salão de Atos – São Paulo (SP)

Período: 01/09 a 01/10/2016

A arte traduzindo em imagem o conteúdo de obra literária de um escritor latino-americano: essa foi a proposta da exposição, onde cada um dos 43 artistas se inspirou em uma obra literária para produzir em diferentes técnicas: aquarela, óleo, escultura, desenho, instalação, gravura ou fotografia. São trechos de textos de escritores conhecidos pelo público, como Pablo Neruda, Clarice Lispector e Guimarães Rosa, mas também deu espaço a outros mais contemporâneos.

Com curadoria da artista plástica Altina Felício, a exposição propôs-se a comprovar o antigo aforismo de que “o artista torna visível o invisível”. “Revela”, disse a curadora, “a cumplicidade que existe entre literatura e imagem, abrindo uma porta mágica tanto para os leitores quanto para os artistas potenciais”.

 

Trabalhos apresentados:

4 monotipias (várias dimensões) que dialogam com a obra “Tu não te moves de ti”, da escritora Hilda Hilst.

Tão poucos os que se detêm na raiz, o olhar alagado de vigorosa emoção, estou vivo e é por isso que o peito se desmancha contemplando, o coração é que contempla o mundo e absorve matéria do infinito, eu contemplando sou uma única e solitária visão, no entanto soma-se a mim o indescritível e único ser do outro, um contorno poderoso, uma outra vastidão de corpos, frescor e sofrimento, mergulho no hálito de tudo que contemplo, sou eu-teu-corpo ali, lançado às estrelas, sou no infinito, sou em tudo porque meu coração-pensamento existe em tumulto, espanto, piedade, te sabe, te contempla.” (Hilda Hilst)

 


Meus trabalhos falam do universo feminino, dos sonhos de criança, do olhar curioso guardado na memória, da vida no campo, do cheiro molhado da terra, da alegria de viver.
Falo dos momentos de solidão, do olhar para a imensidão do universo e para além das coisas. De momentos vividos, não vividos, das tramas do mundo, do ser humano. Criar, para mim, é uma necessidade.