Macunaíma

Exposição coletiva “Macunaíma”

Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) – Sala BNDES – Cidade Universitária – São Paulo (SP)

Período: 03/08 a 04/09/2018

Como traduzir Macunaíma, obra do escritor Mário de Andrade (1893-1945), para as artes plásticas? Alguns artistas visuais foram convidados a responder a essa pergunta com criações próprias e o resultado foi conferido nessa exposição na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, na Universidade de São Paulo (USP).

A mostra reuniu desenhos, aquarelas, pinturas, fotografias, gravuras, instalações e uma pequena escultura. Cenas do “herói sem nenhum caráter” inspiraram as obras dos 39 artistas que participaram da exposição.

Trabalhos apresentados por Vicencia Gonsales:

7 monotipias (várias dimensões) que dialogam com a obra “Macunaíma”, do escritor Mário de Andrade:

“Minha tribo era escrava da boiúna Capei que morava num covão em companhia das saúvas. Sempre no tempo em que os ipês de beira-rio se amarelavam de flores a boiúna vinha na taba escolher a cunha virgem que ia dormir com ela na socava cheia de esqueletos”. (...) “O sangue espirrou na munheca mordida porém o moço não fez caso não, gemeu de raiva amando, me encheu a boca de flores que não pude mais morder” (Boiúna Luna, monotipias M118 e M120)

“Ah! Ci, Mãe do Mato, marvada que tornara-se inesquecível porque fizera ele dormir na rede tecida com os cabelos dela!...” (A Pacuera de Oibê, monotipia M117)

“A Ursa Maior é Macunaíma. É mesmo o herói capenga que de tanto penar na terra sem saúde e com muita saúva, se aborreceu de tudo, foi-se embora e banza solitário no campo vasto do céu.” (Ursa Maior, M119)