EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Sobre a Imortalidade dos signos: Da Vinci na Arte Contemporânea

Exposição coletiva “Diálogos com Da Vinci”

Centro Empresarial de São Paulo (SP)

Período: 23/08 a 03/09/2010

 

Sobre a Imortalidade dos signos: Da Vinci na Arte Contemporânea

Por que um grupo de artistas contemporâneos escolheria a obra de Leonardo da Vinci e, portanto, a arte renascentista como objeto de reflexão para a sua presente exposição?

A verdade é que a exegese da arte pela própria arte não constitui um procedimento novo. Foi sobretudo o movimento modernista que com maior vigor se voltou com esse escopo para o berço das artes que foi o Renascimento. E o fez para dele se libertar. Para encontrar o objeto próprio de cada uma das artes visuais, o modernismo teve que desconstruir as suas próprias raízes, com ênfase na desconstrução do ilusionismo renascentista, porque este conferia a elas objetos fora delas mesmas.

A arte contemporânea tem propósitos muito diversos ao retomar os seus próprios fundamentos históricos e as obras dos seus pais fundadores. Talvez tenha sido Robert Rauschenberg, com Persimon (1964), quem melhor definiu o alcance conceitual do estilo de comentário pós-moderno na pintura contemporânea. Reproduzindo diretamente a Vênus no Banho de Rubens, Rauschenberg mostrou que o objeto privilegiado da arte era a própria arte e não algo extrínseco a ela.

A presente exposição do espaço cultural do Centro Empresarial de São Paulo constitui um brilhante exercício dessa espécie de reflexão sobre os fundamentos, sobre as linguagens e sobre os signos basilares das artes visuais em particular e da cultura ocidental em geral, abordados por meio das atuais linguagens e tecnologias. Ambas aplicadas a explicitar, a decodificar e a ressignificar os arquétipos que nos constituem e informam.

(...)

Descritivo da obra:

"Na tradução de Vicencia Gonsales, A Anunciação se converte numa teia tecida de fios luminosos, condutores de luzes e de reflexos, eles mesmos estruturantes de vazios e de sombras projetadas. Uma obra construída pela projeção da luz sobre formas quase imateriais, tecidas com fios de lirismo e de feminilidade."

Antonio Carlos Fortis (antropólogo)


Ficha técnica:

Nome: "Linhas da Graça"

Técnica: instalação com fios de arame.

Dimensões (aproximadas): 100 x 100 x 5 cm

Obra de referência: pintura "A anunciação" (Leonardo da Vinci - ano 1474)

 


Meus trabalhos falam do universo feminino, dos sonhos de criança, do olhar curioso guardado na memória, da vida no campo, do cheiro molhado da terra, da alegria de viver.
Falo dos momentos de solidão, do olhar para a imensidão do universo e para além das coisas. De momentos vividos, não vividos, das tramas do mundo, do ser humano. Criar, para mim, é uma necessidade.